sexta-feira, 1 de maio de 2009

Declarações de Rui Costa relativamente ao "Caso Mogadouro"

O responsável pelo futsal beiramarense, depois da aberrante decisão federativa que prejudicou o clube, confessa-se desiludido e revoltado com o Conselho de Justiça.

«Desde o início do processo nunca me pronunciei em público, pois sempre acreditei que os órgãos máximos da F.P.F. iriam dar razão ao Sport Clube Beira-Mar no Pedido de Esclarecimento que efectuámos sobre a utilização indevida de um atleta no jogo Académico de Mogadouro x SC Beira-Mar. Sempre acreditei, e GOSTARIA de continuar a acreditar, que vivo num país de bem, regido de leis, e não numa República das Bananas.
Após ler o Acórdão proferido pelo Conselho de Justiça, fico quase sem palavras para conseguir exprimir todos os meus sentimentos e pensamentos.

“ É MAU DEMAIS PARA SER VERDADE “

A Secção de Futsal do Sport Clube Beira-Mar sempre se regeu dentro de princípios de correcção, educação, verdade e, acima de tudo, respeito e cumprimento das leis que regem esta modalidade. Devido a estes valores, nunca nos pronunciámos durante o processo e aguardámos, conscientes que a razão estaria do nosso lado e que só algo completamente descabido de razão poderia alterar a deliberação tomada pelo Conselho de Disciplina da FPF. Pois, o incrível aconteceu quando recebi no dia 21/04/2009 pelas 16h16m, o acórdão emitido pelo Conselho de Justiça da FPF.
Este acórdão vem ensinar o nosso clube, e todos os outros, a poderem contornar a lei e saírem ilesos.
Muitas vezes nos questionamos se colocar um infractor na prisão irá ser benéfico ou não, pois lá dentro poderá tornar-se mais infractor com os ensinamentos recebidos. Neste caso, o nosso pedido de esclarecimento acabou por nos ensinar como desrespeitar a lei e não ser punido. E quem nos ensinou?????
Como pessoas idóneas que somos, nunca o iremos fazer pelas razões acima expostas, os nossos valores.
Este caso torna-se mais ridículo ainda quando sabemos que a reunião do dia 21 do C.J. já teria sido agendada para uma data anterior, mas que teve que ser adiada pois o CAM apresentou o recurso da deliberação do C.D., mas “esqueceu-se “ de depositar o valor das custas do mesmo.
E relativamente às inscrições de alguns atletas brasileiros quando também se “esqueceram” de pagar os valores reais das transferências?
Já para não mencionar a quantidade de declarações proferidas pelos dirigentes do CAM, chegando algumas delas ao ridículo de “ameaçar” a FPF.
Em todos os casos, a Direcção do CAM alegou sempre desconhecimento, liquidando os valores à posteriori.
Neste processo, a direcção do CAM alega que desconhecia totalmente que o atleta em questão tivesse sido utilizado no jogo da Associação realizado pela manhã em Leiria.

Depois disto tudo, resta-nos ponderar SE VALE A PENA continuar a tentar fazer algo de positivo pelo desporto e pela modalidade, SE VALE A PENA ser correcto, SE VALE A PENA andarmos a formar pessoas, enfim... “SE VALE A PENA”!!!

Como não é proibido revelar esse acórdão, ele será publicado no nosso blogue oficial, de forma a possibilitar que todos os adeptos do desporto em geral saibam a verdade, percebendo de que modo é que esta modalidade está a ser gerida neste país à BEIRA-MAR plantado... Acho que o mesmo irá ser trasladado para a região de Trás–Os-Montes, região muita bela, em abono da verdade».

Saudações Beiramarenses,
Rui Céster Costa

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